O garoto ano novo

Mais um dia suscetível a falhas...
A destreza se tornou ócio,
o ócio se tornou isolamento,
e o isolamento me levou a vários questionamentos.

Parece que a "roda da fortuna" não está ao meu favor,
o "ser ou não ser" já não é mais a grande questão aqui.

A paciência antes testada já é inexistente,
o medo irrefreável deixou de habitar o meu pulso
desfibrilado de emoções embaralhadas em desconexa sincronia.

Concatenar, paralelepípedo e outras palavras difíceis já não fazem mais sentido,
a "criatividade" brotada de empecilhos desapareceu,
dando lugar a frases curtas de pouca leveza e complexidade.

O garoto das grandes promessas pessoais deixou de existir,
e quando questionado de "o porque não viver desenfreadamente a juventude?!",
olha com certo descontentamento fixamente,
desvia o olhar e continua a seguir em frente...

E mais perguntas surgem, mais "crises existenciais", mais, mais, mais e mais...

A vontade de implodir sempre é a favorita,
mas, ignorar sempre quando se é opção,
e ser rude quando não se é mais suportável.

Só quero estar em movimento, sem paradas...
Sem me preocupar com o fluxo moral, ou com o pensamento alheio em relação ao "ser/estar" físico,
afinal, tudo é desinteressante pra quem só repara nas cores como um fator aleatório e normal,
não percebendo assim a complexidade envolta por trás de seus conceitos estéticos enigmáticos.
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